sexta-feira, 25 de abril de 2008

Qualidade de vida x Consumismo


Normalização do consumismo


Charge de caráter bem crítico e irônico do cartunista Rogério Tadeu.


Há dois personagens centrais na cena, um claramente necessitado e outro dominado pelo consumismo.
Quando o 'necessitado' pede 'um trocado' para suprir suas necessidades básicas, o outro personagem considera que o seu pedido não passa de mais uma demonstração de consumismo.


Atualmente o consumismo é dado como normal.
O cartunista ironiza a frase do personagem da direita para expressar a banalização do significado de consumismo.

Consumismo

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para sobrevivência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade contemporânea.

Fonte :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumismo ; acesso em 24/4

Beca Arruda - Always together
Tudo começou quando eu nasci
Foi no centro de São Paulo não foi no Morumbi
Cercado de carros por todos os lados
De executivos e desempregados
Mulheres bonitas, mulheres sem graça
Eu já nasci respirando fumaça
E fui pra casa aprender a primeira lição
Que para conseguir alguma coisa por aqui
É preciso ter dinheiro e saber se vestir
Ter um bom vocabulário e sempre seguir

O poder judiciário e as leis desse país [...]




"Nessa relação os dados objetivos não são captados por nossa mente tais quais são (a coisa em si), mas configurados pelo modo com que a sensibilidade e o entendimento os apreendem. Assim, a coisa em si, o ‘númeno’, o absoluto, é incognoscível. Só apreendemos o ser das coisas na medida em que se nos aparecem, isto é, enquanto fenômeno." Imannuel Kant

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Qualidade de Vida




Entende-se por qualidade de vida, a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente.
É, portanto, um termo amplo que concentra as condições que são fornecidas ao indivíduo para viver como ele pretende.



Qualidade de vida - "É o conjunto de condições objetivas presentes em uma determinada área e da atitude subjetiva dos indivíduos moradores nessa área, frente a essas condições”. (Hornback et alli, 1974).

Qualidade de vida - "São aqueles aspectos que se referem às condições gerais da vida individual e coletiva: habitação, saúde, educação, cultura, lazer, alimentação, etc. O conceito se refere, principalmente, aos aspectos de bem-estar social que podem ser instrumentados mediante o desenvolvimento da infra-estrutura e do equipamento dos centros de população, isto é, dos suportes materiais do bem-estar". (SAHOP, 1978).

Qualidade de vida - "É a resultante da saúde de uma pessoa (avaliada objetiva ou intersubjetivamente) e do sentimento (subjetivo) da satisfação. A saúde depende dos processos internos de uma pessoa e do grau de cobertura de suas necessidades, e a satisfação depende dos processos internos e do grau de cobertura dos desejos e aspirações". (Gallopin, 1981).

Qualidade de vida - "O conceito de qualidade de vida compreende uma série de variáveis, tais como: a satisfação adequada das necessidades biológicas e a conservação de seu equilíbrio (saúde), a manutenção de um ambiente propício à segurança pessoal, a possibilidade de desenvolvimento cultural, e, em último lugar, o ambiente social que propicia a comunicação entre os seres humanos, como base da estabilidade psicológica e da criatividade". (Maya, 1984).

Fonte: http://amoestudarfilosofia.blogspot.com/2008/05/tema-qualidade-de-vida.html








Alienação e Consumismo

A pessoa alienada perde a compreensão do mundo em que vive e torna-se alheia a segmentos importantes da realidade em que se acha inserida. Alienar é transferir para outro o que é seu. Se a Revolução Industrial promoveu a separação entre produtor e produto, determinando a alienação ante o trabalho, também fez nascer, durante o século XIX, um grupo intermediário numeroso, que chamamos de classe média, que veio acompanhado pelo aumento do individualismo, por maior interesse pela vida privada e, portanto, pela diminuição do envolvimento pessoal com as questões públicas e políticas. Isso acontece porque é em casa que a pessoa se sente como "ser humano", é esse o espaço onde sua presença e suas decisões são importantes, ao contrário da situação vivida no trabalho, em que é apenas uma peça de uma engrenagem sobre a qual não tem controle ou poder de decisão. A alienação passa a ser percebida na vida social do indivíduo, com a formação da "sociedade de consumo", expressão que carrega uma conotação negativa, pois esse consumo não depende mais da decisão consciente de cada indivíduo, baseada em suas necessidades e seus gostos, mas torna-se fruto de necessidades artificialmente estimuladas - fica claro que o papel dos meios de comunicação nisso é fundamental. Então a culpa é dos meios de comunicação? Não é necessário encontrar um culpado, mas entender de que maneira ocorre o processo de alienação, querer buscar suas raízes e compreendê-lo significa deixar de ser alienado. Os meios de comunicação podem contribuir para esse processo de conscientização ou são apenas elementos alienadores? Outra característica do consumismo é o fortalecimento do individualismo, que se manifesta, por exemplo, quando o valor de alguém lhe é dado pelos bens que possui, desprezando outros valores, como a ética ou seu comprometimento social. Percebemos essa situação com o aumento da discriminação às pessoas mais pobres, principalmente nos grandes centros urbanos, onde é comum ouvir reclamações "do carro velho que atrapalha" ou insinuações de que "o indivíduo malvestido pode ser um assaltante". Ao mesmo tempo, líderes sociais são ridicularizados por que perdem seu tempo. Quando o tempo é ganho? De que forma o tempo é mais bem aproveitado? Ao dormir durante a tarde, o tempo é aproveitado? Ou é melhor ficar estudando? Talvez seja melhor utilizar o tempo para ganhar algum dinheiro? Poderíamos propor outras questões, mas a resposta é a mesma! O melhor é... Que resposta caberia a todas essas perguntas?

biblografia :[http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=681 ] 22/04/08
"A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas"
Karl Marx

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Alienação

"Encarnaram o sujeito num corpo vivido real e numa história coletiva real, situaram o sujeito. Desvendando os obstáculos psíquicos e histórico-sociais para o conhecimento, puseram em primeiro plano as relações entre pensar e agir, ou, como se costuma dizer entre a teoria e a prática." Marilena Chaui



Alienação No sentido comum, perda de posse de bens ou dos poderes mentais; privação da consciência crítica; segundo Marx, a alienação se dá quando o operário perde o produto que ele próprio produziu: como consequência, deixa de ser o centro de si mesmo.
Fonte : "Filosofando - Introdução à Filosofia", editora Moderna

Alienação e Juventude.

A alienação ocorre quando qualquer indivíduo torna-se indiferente aos segmentos da realidade, ou mesmo tendo conhecimento sobre todos assuntos, possui propósitos definidos por ele mesmo. Atualmente, em sua maioria, os jovens são considerados alienados, onde é a mídia quem dita todos os valores e o senso crítico não é desenvolvido.




Ética e Política


Embora a ética não se confunda com a política, elas se relacionam necessariamente, cada uma no seu campo específico. Por um lado, a política, ao estender a justiça social a todos permite que os indivíduos tenham condições de melhor formação moral. Por outro lado, a formação ética é importante para o exercício da cidadania, quando os interesses pessoais não se sobrepõem aos coletivos.


Estabelecer a dialética entre o privado e o público é tarefa das mais difíceis que exige aprendizagem e têmpera.


Fonte: "Filosofando - Introdução à Filosofia" , editora Moderna.

Ética

Ética (ethos, "costume") Parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral.

Ética

Os conceitos de moral e ética, ainda que diferentes, são com frequência como sinônimos. No entanto podemos estabelecer algumas diferenças entre esses dois conceitos.

A moral é o conjunto das regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo de pessoas.

O ato efetivo será moral ou imoral conforme esteja de acordo ou não com a norma estabelecida. Por exemplo, diante da norma "Não Pise na Grama", o ato de pisar na grama será considerado imoral.

A ética ou filosofia moral, é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de ser humano tomada como ponto de partida.

Fonte : "Filosofando - Introdução à Filosofia" , editora Moderna


"A moral é uma, os pecados são diferentes." (Machado de Assis)

Sócrates
O pressuposto básico da Ética de Sócrates – que basta saber o que é bondade para que se seja bom - pode parecer ingênuo no mundo de hoje, no qual já está profundamente gravado na nossa mente que só algum grau de coerção é capaz de evitar que o homem seja mau. Na sua época era uma noção perfeitamente coerente com o pensamento – ainda que não com a prática – da sociedade grega. Antes dele não teria havido uma reflexão organizada sobre a ética e o "homem moral" a não ser o relativismo dos sofistas, neste sentido é inegável que ele é o "Pai da Ética". Contudo é preciso ponderar que desde períodos mais antigos havia uma identidade perfeita entre o bem comum e o bem individual tão arraigada na mente grega que talvez tal reflexão não fosse necessária ou sequer capaz de ser concebida. Só a dissociação de ambas na decadência grega é que teriam, pela primeira vez, postulado a necessidade de alguma teoria que explicasse esta dualidade.

Platão
Os diálogos deste grande mestre apresentam sob vários ângulos todos os principais problemas do pensamento ocidental. Ética, estética, política, metafísica e até mesmo uma filosofia da linguagem são vistos em sua intimidade através de ricos diálogos.

A resposta de Platão à necessidade de se resgatar o velho sentido da Ética, da Justiça e da Moral, perdidos durante o período de crescimento e enriquecimento de Atenas, contaminados pela hipocrisia, é a "volta a uma sociedade mais simples". Mas não uma volta ao passado real, antes a um passado imaginário situado em algum lugar no futuro no qual os velhos valores – renovados a partir das indagações e críticas de Sócrates – possam orientar uma sociedade estável que tende à perfeição. Assim à dissociação entre o mundo real e os valores éticos Platão contrapõe a necessidade de uma reconstrução da sociedade segundo estes valores, por mais radical que ela possa parecer. O eixo da ampla reforma sugerida por Platão para construir a sociedade perfeita é a substituição dos reinos no qual os governantes seriam os melhores dentre os homens de seu tempo em termos de conhecimento e sabedoria. Para Platão, uma pessoa que conheça a essência da bondade sabe que só pode ser feliz se agir corretamente e assim a posse do anel não fará diferença para ela. Mesmo intocável pelo longo braço da lei este indivíduo que detém o conhecimento não se sentiria tentado a agir de forma diferente.

Aristóteles
Aristoteles escreve 3 livros sobre etica e politica: Etica a Nicomaco (EN): Grande Etica (magna moralia - MM) Etica Eudemica (EE)

Enquanto Platão sonha com uma sociedade ideal na qual não praticar o bem torna-se uma impossibilidade tal a extensão das instituições que eliminam a vida privada, Aristóteles propõe o que, de certa forma, pode ser compreendido como um caminho contrário. Para ele a Lei deve ser capaz de compreender as limitações do ser humano, aproveitar-se das suas paixões e instintos, e produzir instituições que promovam o bem e reprimam o mal. Assim se para Platão a Lei deve moldar o real, para Aristóteles o real deve moldar a Lei, única forma de seu cumprimento ser possível a todos. A exposição destes conceitos na Ética de Aristóteles parece estar diretamente dirigida contra a Utopia platônica que, na visão de Aristóteles, está condenada ao fracasso porque não respeita os impulsos do homem, seus apetites e paixões. Mas esta visão não pode ser entendida como uma ausência de princípios éticos fortes ou a abstenção de promover o Bem – que Aristóteles entende também como uma aspiração do ser humano capaz de conciliar o interesse individual e o comunitário. Pelo contrário, ele propõe um controle estrito sobre as paixões, com a diferença que ele deriva delas tanto as virtudes quanto os vícios, ao contrário de seus mestres.

Aristóteles está preocupado em termos de Ética – como no restante da sua filosofia – em encontrar regras claras que possam ser conhecidas, rotuladas, catalogadas. Ele também não está preocupado em uma utopia mirabolante, mas em construir uma sociedade com os homens que estão disponíveis, não com super-homens idealizados, assim tenta construir uma visão de ética que seja capaz de atender à maioria.

Aristóteles distingue entre dois tipos de Bem, entre o que é Instrumental e o que é Intrínseco. Os primeiros são bons porque levam à Bondade, enquanto os segundos são bons por si mesmos. Assim o conhecimento também é dividido entre o conhecimento prático e teórico, o primeiro sendo o conhecimento de como agir corretamente e o segundo o conhecimento do que é bom por si mesmo.

Fonte: [http://resenhas.sites.uol.com.br/etica.html]

O que é Filosofia?

'Filosofia = Philosophia → Amor pela Sabedoria.'


A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de mais nada, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua pura aparência. Assim ,ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Até mesmo uma história em quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto da reflexão filosófica.
A filosofia parte do que existe, critica, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida.
A filosofia incomoda porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área onde ela não se meta, não indague. E, nesse sentido, a filosofia é "perigosa", "subversiva", pois vira a ordem estabelecida de cabeça para baixo.
Talvez a divulgação da imagem do filósofo como sendo uma pessoa "desligada" do mundo seja exatamente a defesa da sociedade contra o "perigo" que ela representa.
O trabalho do filósofo é refletir sobre a realidade, qualquer que seja ela, re-descobrindo seus significados mais profundos.
Filósofos diferentes têm posturas diversas com relação a imagem institucional de sabedoria e compreensão.Embora com motivações diferentes, deram a sua importante contribuição para o alargamento das fronteiras.
A filosofia quer encontrar o significado mais profundo dos fenômenos. Não basta saber como funcionam, mas o que significam na ordem geral do mundo humano. A filosofia emite juízos de valor ao julgar cada fato, cada ação em relação ao todo. Assim, filosofar é uma prática que parte da teoria e resulta em outras teorias.
Desse modo, embora os sistemas filosóficos possam chegar a conclusões diversas, dependendo das premissas de partida e da situação histórica dos próprios pensadores, o processo do filosofar será sempre marcado pela reflexão rigorosa, radical e de conjunto.
O conceito de filosofia foi muito bem definido por Gerd A. Bornheim no livro "Os filósofos Pré-socráticos": "...Se compreendermos a Filosofia em um sentido amplo - como concepção da vida e do mundo - , poderemos dizer que sempre houve filosofia. De fato, ela responde a uma exigência da própria natureza humana; o homem, imerso no mistério do real, vive a necessidade de encontrar uma razão de ser para o mundo que o cerca e para os enigmas de sua existência..."